O ex-professor de Ética e Legislação dos Meios da Comunicação da Universidade de Brasília (UNB), jornalista Carlos Chagas, dizia que todos nós somos “mocinhos e bandidos”. Mas quando o assunto se trata da Madre Teresa de Calcutá, no entanto, é muito difícil encontrar um ponto positivo na vida da freira católica.
Ela consolou e apoiou os ricos e poderosos, permitindo-lhes todo tipo de indulgência, enquanto pregava obediência e resignação aos pobres.
A religiosa aceitava e abusava da hospitalidade de vigaristas, milionários e criminosos.
A política e a religião andam de mãos dadas. É só analisar o sistema político brasileiro. Os ocupantes dos Três Poderes querem governar com a bíblia e não com a constituição do país. Nesse quadro, não será difícil dizer que o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça Sérgio Moro, e a Madre Teresa são fraudes.
A posição da freira católica era ultrareacionária e fundamentalista, mesmo em termos católicos ortodoxos.
Não era amiga dos pobres, mas “da pobreza”.
Madre Teresa passou a vida se opondo à única cura conhecida para a pobreza, que é o empoderamento das mulheres. Cerca de 25% da população mundial vive em países com leis de aborto altamente restritivas, principalmente nos países católicos da América Latina, África e Ásia. Os governos (a maioria controlados por homens) têm as suas mãos nos corpos das mulheres. A freira católica nunca lutou pela emancipação da mulher. Assistimos a uma versão pecuária da reprodução compulsória.
E ela era amiga íntima dos piores entre os ricos do planeta terra, recebendo dinheiro indevidamente da atroz família Duvalier no Haiti e de Charles Keating, da instituição financeira “Lincoln Savings and Loan”. Para onde foi esse dinheiro e todas as outras doações? Quando ela morreu, o hospital de Calcutá estava totalmente arruinado. As suas clínicas dos Estados Unidos se encontravam no mesmo estado de deterioração. A freira, citando motivos divinos, nunca permitiu uma auditoria externa nas suas contas bancárias.
Ela foi uma agente espúria, despótica e megalomaníaca dos ricos que há muito tempo se opunham a medidas para acabar com a pobreza e se confraternizavam, por ganhos financeiros, com tiranos e brancos. Ela passava maior parte do tempo confraternizando com criminosos de todas as partes do planeta. Rotulada como fundamentalista religiosa, agente política, pregadora primitiva e cúmplice de poderes seculares mundanos. Sua missão sempre foi desse tipo. A ironia é que ela nunca foi capaz de induzir alguém a acreditar nela.
Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, beatificada pela Igreja Católica em 2003, Madre Teresa foi celebrada pelos chefes de estado e adorada por milhões por seu fictício trabalho em favor dos pobres.
Ela nunca cuidou dos pobres e nem mesmo esterilizava as seringas e agulhas nos seus hospitais. A única coisa fornecida aos necessitados era uma cama para morrer, nada mais. E os milhões que ela levantou foram para o Banco do Vaticano? Certamente não foram gastos na sua precária rede hospitalar. Ela tinha os melhores cuidados médicos nos hospitais do primeiro mundo enquanto pregava para os seus “pacientes” que o sofrimento, a falta de medicamentos e as condições mínimas de atendimento faziam parte do crescimento espiritual e da vontade divina.
Não há nada de “anticatólico” em expor a sua hipocrisia.
O mundo está recheado de charlatães que abusam da fé, da inocência, e da fragilidade mental do ser humano. É muito difícil para o indivíduo aceitar que estamos nesse mundo por acaso. E, pior ainda, que não há inferno para abrigar Madre Teresa, Silas Malafaia, Edir Macedo, Donald Trump, Moro e Bolsonaro.